domingo, 20 de setembro de 2009

Morte em Veneza

O primeiro choque cultural que tive, passei-o há 5 anos, numa viagem a Itália.
Diria que até bastante tarde para a diversidade cultural a que a minha geração foi exposta.
Posso considerar como a 1º grande viagem da minha vida! Já conhecia algumas capitais europeias, mas foram vividas em grupo, e não no desenrasque de duas miúdas não adolescente, mas dificilmente adultas!
Quem conhece Itália costuma dizer que as cidades não são apenas cidades, são também museus com exposições fabulosas. E eu concordo em absoluto!
Mas mais do que esculturas, mais do que Piazzas ou museus, nenhuma outra cidade que me fez chorar como Veneza.
Lembro-me de ter ficado estática quando saí da central de comboios e encontrei o grande canal! Os meus olhos não acreditavam no que estavam a ver!
Mas algo de mágico acontece quando anoitece em Veneza: termina o frenesim e dá lugar a uma calma que nos penetra, ouvir o som da água nos canais, o canto dos gondoleiros, a música na praça de São Marcos...
Senti o coração apertado quando vi 1 pedido de casamento numa gôndola! E tive pena de não ter ninguém para amar.
Senti o coração ainda mais apertado quando vi uma turista, visivelmente doente, a chorar… e tive pena de não ter ninguém para apertar-me a mão…
Durante essa viagem li o livro “Morte em Veneza”, de Thomas Mann. Quando acabei de o ler, e por mais óbvia que seja esta associação, pensei, que Veneza é um bom sítio para morrer.

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